sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

UM PRESENTE DE NATAL PARA JESUS


Os presentes dos Reis magos: ouro, incenso (substância muito odorífera, era fonte de riqueza para os negociantes do passado), e mirra (usado como perfume, para untar, bem como ungüento usado nos sepultamentos) foram os presentes ofertados por estes sábio, por ocasião do nascimento de Jesus. Um conto moderno sobre a visita dos magos narra, imaginariamente, que,os camelos carregavam, soberbos, a carga preciosa de ouro, incenso e mirra, pois eram presentes para um rei. O mais jovem dos três magos fez o cortejo parar, pois acabara de pensar em um presente que seria especialmente próprio, e não queria continuar sem ele. Nervosamente os outros magos ficaram esperando, pois tinham pressa. Até mesmo os guias, sentindo a importância da missão, desejavam continuar. Ficaram esperando por longo tempo pelo mais jovem mago, que não aparecia. A estrela que os guiava ainda brilhava lá no alto, e enquanto as horas da noite se passavam, todos iam perdendo a paciência. Finalmente, quando já estavam a ponto de perder o controle, apareceu o mais jovem dos magos. O que quer que trazia teria de ser pequeno, pois o trazia, facilmente, na palma de uma das mãos. Talvez fosse uma gema raríssima e preciosa, e , se assim fosse, teria valido a pena esperar tanto. O jovem mago ordenou que o guia fizesse o camelo ajoelhar-se para que pudesse pôr o pequeno objeto na sacola que havia nas costas do animal. Os dois magos mais idosos, e até mesmo os guias olhavam com atenção, para ver qual seria o maravilhoso presente que provocara tanto adiamento na viagem para Belém. Lentamente, o mago mais jovem abriu a mão, e ali, para grande surpresa e consternação dos magos de mais idade, apareceu apenas um pequeno cão, com pintas pretas. Era um brinquedo antigo, porque aqui e ali faltavam pedacinhos da pintura. O jovem colocou o brinquedo no chão, o qual deu um salto no ar e caiu novamente sobre os pés. Os magos mais velhos, muito indignados, não puderam mais conter-se e proferiram palavras iradas; mas o mago mais jovem apenas sorriu, pôs novamente o brinquedo no chão e viu-o dar a sua cambalhota. Uma criança pequena, que estava por perto, riu-se gostosamente, quando o cãozinho de brinquedo foi posto no chão, deu um salto no ar e caiu, novamente, sobre os quatro pés. O mais idoso dos magos perguntou: “Foi esse brinquedo, sem valor, que o fez adiar a marcha deste cortejo de camelos, que leva presente para o Rei dos reis?” O mais jovem dos magos retrucou: “Nossos camelos estão carregados de presentes apropriados para o rei – muito ouro, incenso e mirra. Estou levando este cãozinho de brinquedo para o menininho de Belém”. (de uma história norte-americana de Natal).
Este conto de Natal, põe em relevo, aquilo que deveria ser o mais importante para comemorar, a saber, o aniversário desta criança maravilhosa, que há cerca de 2.000 anos, nos foi dada, e que viveu entre nós; nasceu, e cresceu, totalmente homem, embora, fosse, igualmente, totalmente Deus, um mistério que os incrédulos e céticos, rejeitam, talvez, por ser bom demais para se acreditar.
Hoje, que presente poderiamos lhe dar para comemorar Sua vida preciosa? Podemos encontrar, nas palavras do próprio Jesus, uma indicação do presente que lhe alegraria o coração; assim, Jesus diz que devemos acolher as crianças em nome dele, como se fossem ele mesmo. E, aqui desejamos relembrar como Jesus condescendia com as crianças, num mundo, que, naquela época, as tinha em pouca conta, relegando-as a segundo plano, considerando-as, mesmo um estorvo, e, como tal, eram afastadas, ficando sob a supervisão de escravos. Até mesmo os discípulos demonstraram seus preconceitos quando as repreenderam por estarem perturbando o ensino que Jesus lhes ministrava. Foi então que Jesus os confrontou, e, muito pelo contrário, chamou as crianças para perto dEle, e, até mesmo admoestou seus seguidores, sobre a importância de imitar-lhes a beleza da inocência e da espontaneidade, tão própria das crianças. Ele foi, assim, pioneiro na atenção às crianças. Hoje os tempos são outros, e, as crianças, já são mais consideradas e amadas; remanesce a situação daquelas, vítimas das circunstâncias adversas, que, padecem as conseqüências graves de lares desfeitos, ao ensejo, em que ficam privadas do aconchego de uma família, da carência de amor e proteção dos pais. Como as crianças dos Lares especiais, onde por força da Justiça, são acolhidos aqueles pequeninos indefesos. Neste sentido, temos a alegria de participar de uma Igreja, que desenvolve trabalhos assistenciais, dedicados para crianças nestas condições de carência. Assim, e de forma ainda incipiente, ao longo deste ano, este tempo que dedicamos, juntamente com outros irmãos, ao serviço de reforço escolar, ainda que de um pequeno número destes pequeninos, constitui-se, assim cremos, no melhor presente que encontramos para dar a Jesus, por este seu aniversário, na esperança de poder fazer mais e melhor no Ano que vem.
FELIZ NATAL JESUS ! 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

CONFORMADOS PELA ETERNIDADE


No dicionário encontramos “eternidade como um conceito filosófico que se refere no sentido comum ao tempo infinito; ou ainda algo que não pode ser medido pelo tempo, porquanto transcende o tempo”. Podemos, apenas, vislumbrar a dimensão da eternidade, ao considerarmos nosso lugar no Universo, que segundo estimativas da Ciência, teve início no Big-Bang, ocorrido há cerca de 15 bilhões de anos atrás, e bem assim com a formação do sistema solar e da Terra há 5-6 bilhões de anos. Outra marca da eternidade podemos inferir da vastidão do espaço onde se abrigam bilhões e bilhões de Galáxias se aproximando e, na maior parte se afastando uma das outras, cada Galaxia contendo bilhões e bilhões de estrelas. Certamente que o tamanho não é um parâmetro adequado para se aferir a importância da vida humana.
O autor cristão de “Movido pela Eternidade” ressalta o registro na Biblia, de que, Deus “ pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim” (Eclesiastes  3.11). A eternidade foi plantada em nossos corações, muito embora seja impossível compreendê-la com nosso intelecto! A eternidade dura para sempre; ela não tem fim. Entretanto, não se trata simplesmente de um tempo que jamais acaba. Falar de eternidade em termos de durabilidade perpétua é perder a idéia geral. A verdade é que a eternidade não pode ser compreendida mentalmente. Nossas mentes são finitas e estão proibidas de captar conceitos relativos ao que é perpétuo ou eterno. O que na verdade é declarado como inatingível pela nossa mente natural foi colocado em nosso coração pelo Criador. Nosso coração reconhece a eternidade. Ela nasceu em cada ser humano."
Uma curiosa abordagem que dá uma idéia de continuidade e progresso, e de como estamos, ainda, apenas nos primeiros estágios de desenvolvimento na  conformação da eternidade, é ilustrada pela linha do tempo da Criação, onde se mostra num calendário, os 15 bilhões de anos correspondendo a um ano de 365 dias. Neste calendário, em que o Big-Bang teria ocorrido em 1 de janeiro, o Sistema Solar teria sido formado em 9 de setembro, e apenas em 14 de setembro a formação da Terra. Somente no mês de dezembro ter-se-ia então os seguintes eventos:  dia 1 - atmosfera de Oxigênio começa a desenvolver-se na Terra; dia 19 - primeiros peixes e vertebrados; dia 23 - primeiras arvores e répteis; dia 24 -primeiros dinossauros; dia 27 -  primeiras aves; dia 28 -primeiras flores; extinção dos dinossauros. E, somente ao longo do dia 31 de dezembro, corresponderiam os seguintes eventos: 23:56’ - o inicio do período glacial; 23:59’:20’’ - invenção da agricultura; 23:59’:35’’ - primeiras cidades (6.250 a 5.400 AC) ; 23:59’:35’’ - primeiras dinastias no Egito (3.100 AC); 23:59’:51’’ - primeira escrita; 23:59’:56’’ - nascimento de Cristo; 23:59’:56’’ (ano zero). (Cosmologia e Criação, de Paul Brockelman)
Vida eterna. A forma como incorporamos a eternidade é descrita em termos de revelação bíblica:Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Esta a mensagem central do evangelho, que significa essencialmente boas notícias. Este menino que é Deus, é também chamado de “Pai da Eternidade”, e como tal, também nos dá a vida eterna. Muito além de infinita, uma marca desta vida eterna é o desenvolvimento continuado. “Parece que o alvo mesmo de toda a existência é uma participação, crescentemente maior, na vastidão da vida e da grandeza daquele ser que denominamos pelo nome de Deus, e assim ficamos continuamente mais saturados e envolvidos pela vida divina. Nisso consiste a vida eterna. Essa vida eterna é “minha vida”, porquanto a nós foi prometida a continuação da identidade pessoal, e não alguma substância etérea, absorvida por alguma mente universal, ou então que venha a se tornar parte do intelecto supremo e puro, segundo pensava Aristoteles. É uma forma de vida, e não visa meramente a sua duração. É a transformação segundo a imagem e o modelo de Cristo; é presente, no sentido que os homens agora são imortais (possuem almas imortais); essa vida pode influenciar agora as nossas vidas, para que percebamos quão nobre pode ser uma vida humana. Está vinculada com idéias sobre a ressurreição e a imortalidade, o que nos assegura de uma identidade pessoal contínua. É a vida essencial, a vida independente, a vida necessária semelhante à vida de Deus.”
Finalmente, a eternidade, como benção, alimenta a esperança de uma vida abundante, que continua no porvir, e bem assim, conforma a saudade daqueles entes queridos que já não estão entre nós. Neste sentido, guardo na memória, o registro tocante de um avô sobre a partida de seu neto, com apenas alguns dias de vida:       “... Driblou a Morte, reduzindo-a a condição humilhante de mero degrau, sobre o qual se apoiou e saltou alto alcançando o céu, ajudado por uma mão forte e amorosa, que do alto lhe foi estendida,  a mão de Deus. Deixando a morte para trás, na terra e no passado, trocou o temporal pelo eterno, a incubadora pelo infinito, poucas gramas  de quase nenhum músculo por um corpo glorioso igual ao de Cristo ressuscitado a lhe ser entregue na ressurreição. Até lá, conhecerá as maravilhas de Deus, sendo a maior delas o próprio Deus, a quem aprenderá a chamar de Pai. Aprenderá a história de Jesus ouvindo-a do próprio Jesus. Brincará nos jardins celestiais e explorará cada canto e recanto do paraíso, habilitando-se como cicerone do céu para aguardar a nossa chegada...com saudades....”