quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

NATAL E A ALEGRIA DO NASCIMENTO


“A palavra natal do português, é derivada do verbo “nāscor”  que tem o sentido de nascer. Como festa religiosa, o Natal, comemorado no dia 25 de dezembro desde o Século IV pela Igreja ocidental e desde o século V pela Igreja oriental, celebra o nascimento de Jesus Cristo e assim é o seu significado nas línguas neolatinas”; é mesmo irrelevante se o mês e o ano na realidade, não coincidem exatamente com o institucionalizado pelos nossos calendários.
Natal é motivo de festa, comemoração e confraternização universal e transcendental: liga Céu e Terra, vivos e mortos, passado, presente e futuro!. O anúncio do nascimento de Jesus é a maior boa-nova (= evangelho) que a humanidade já recebeu: hoje vos nasceu, na cidade de Davi, um salvador que é o Cristo Senhor”. Comemora a encarnação da Segunda Pessoa da Trindade Santa, que é também Deus. É uma ocasião de intensa alegria; um dos cânticos natalinos mais populares na atualidade, tem os seguintes versos destacados: Noite feliz, noite feliz / Ó senhor, Deus de amor/ Pobrezinho nasceu em Belém / Eis na lapa, Jesus nosso bem / .../ Ó Jesus, Deus da luz / Quão afável é Teu coração / Que quisestes nascer nosso irmão / E a nós todos salvar / Eis que no ar vem cantar / Aos pastores os Anjos dos Céus / Anunciando a chegada de Deus / De Jesus, Salvador!”. Na continuidade esta vida singular, passou a ser conhecida como o Deus infante, o Deus menino, e a figura consagrada do Jesus adulto, até sua crucificação por volta dos 33 anos de idade, culminando a vida terrena com a Sua ressurreição, e ascenção, retornando aos Céus, onde assentou-se à direita de Deus Pai. Confraternização universal, pois inclui pessoas de todas as raças, tribos e nações, homem, mulher ou criança, seja rico ou seja pobre. Uma boa nova que já se realizou, e não deve ser considerado como ainda a ocorrer num futuro distante.
Reações singulares: manifestação da Natureza, com a Estrela de Belém, na tradição cristã também chamada de Estrela de Natal , e, que revelou o nascimento de Jesus aos magos e, posteriormente, os guiou até Belém. Celebração também de uma criancinha (João Batista), quando ainda no útero materno (“E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá, E entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel. E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre...”). Manifestação no Céu, onde foi saudado por um coro formado por uma grande multidão de Anjos “...louvando a Deus e dizendo:Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!”.
Reações na Terra, entre os homens: Os magos (sábios) do Oriente, guiados pela estrela de Belém, logo partiram numa longa viagem para ver de perto e adorar o nascimento de um verdadeiro Rei. Os pastores, de imediato saíram para compartilhar a boa nova anunciada pelos Anjos. Os ouvintes dos pastores, ficaram admirados . A Biblia registra também alguns cânticos inspirados de louvor e saudação, como de Izabel, prima de Maria – “...e Isabel foi cheia do Espírito Santo. E exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre.E de onde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas”); de Maria, mãe de Jesus (Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada, Porque me fez grandes coisas o Poderoso”); de Simeão (“Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. E fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. E pelo Espírito foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei, Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, Segundo a tua palavra; Pois já os meus olhos viram a tua salvação, A qual tu preparaste perante a face de todos os povos;Luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo Israel). Reação adversa e prepotente, do alarmado reizinho títere Herodes, cheio de ira, e manifestando seu instinto assassino.
A boa nova do Natal de Jesus, e, a benção do “novo nascimento”. A Bíblia revela que, em decorrência do pecado, todos nascemos já espiritualmente mortos. Conforme explicita John Piper, em seu instigante livro “Finalmente vivos, o que acontece quando nascemos de novo?”, “o novo nascimento é a ação do Espírito Santo unindo o nosso coração morto e egoísta ao coração vivo e amoroso de Deus, de modo que a vida de Deus se torna a nossa vida, e o amor dEle se torna o nosso amor”. E, ainda, resume “O que acontece no novo nascimento não é a obtenção de uma nova religião, e sim de uma nova vida. O que acontece no novo nascimento não é meramente uma afirmação do caráter sobrenatural  de Jesus, e sim o experimentarmos o sobrenatural em nós mesmos. O que acontece no novo nascimento não é uma melhoria da velha natureza humana, e sim a criação de uma nova natureza humana – uma natureza que é realmente você, uma natureza perdoada, purificada, realmente nova, que está sendo formada pelo Espírito de Deus, que habita em você. Da parte de Deus, somos unidos a Cristo no novo nascimento, é isso que o Espírito Santo faz. De nossa parte, experimentamos essa união por meio da fé em Jesus. Um novo nascimento ocorre toda vez que alguém é unido a Cristo pelo Espírito Santo, e de sua parte experimenta doravante esta união por meio da fé em Jesus”. Resumindo: sem o Natal não haveria encarnação da Segunda Pessoa da Trindade; sem esta Encarnação não existiria morte vicária, condição necessária para remover nossos pecados, e, por conseqüência não haveria redenção para ninguém; sem redenção, e na nossa condição comum de pecadores (pelo que somos,  pelo que fazemos errado, ou quando deixamos de fazer o bem), não existiria salvação; sem salvação não existiria a viabilidade de novo nascimento; sem novo nascimento não haveria possibilidade de vida eterna, na companhia de Deus e dos Anjos. O nascimento de Jesus Cristo inaugura desta forma um novo tempo, um Kairós ( palavra da língua grega antiga que significa “o momento oportuno”, "certo" ou “supremo” ) para toda a Criação, e em particular para a humanidade, que passa a ter no novo nascimento seu marco zero da vida eterna. De outra parte, uma vez nascidos de novo, temos pela frente uma vida abundante e eterna, vivida desde já na esperança de um futuro onde não haverá mais choro, nem pranto, e com o último inimigo, que é a morte, definitivamente derrotada e afastada; quando reinará a paz também na Natureza, onde o animal outrora feroz, se deitará lado a lado o que era sua antiga presa. Onde libertos do poder do pecado, e de todas as vicissitudes dele decorrentes, cresceremos, todos os salvos, indefinidamente, em graça e conhecimento diante de Deus. Não obstante, assim como no passado houve insensibilidade de moradores e donos de pousadas em Belém, que negaram-lhe um lugar mais adequado para nascer, assim, também, é possível que, na atualidade, Ele não consiga nascer em nossos corações, porque este já está muito ocupado com nossas preocupações egoístas e muitas vezes mesquinhas. Mas temos notícias de que, cada vez que ocorre um novo nascimento, há comemoração entre os Anjos no Céu, distinguidamente para cada um, tal o valor considerado da pessoa na economia divina.
FELIZ NATAL JESUS CRISTO ! ao ensejo em que confraternizamos também com todos aqueles a quem o Nosso Senhor quer bem, e , concedeu-nos a graça de nascer de novo, para uma nova vida, abundante, que culminará na companhia por toda a eternidade, da Trindade Santa, dos Anjos, e, de todos os Santos.