terça-feira, 17 de janeiro de 2012

CONHECER PESSOALMENTE A DEUS






Meu conhecimento pessoal de Deus é ainda bastante incipiente, apesar de que já fazem quase 63 anos que Ele me conhece muito bem. Eu estou gravado nas palmas de suas mãos; nunca sou esquecido por Ele. Por conta de já ter nascido em lar cristão, e, ao longo da vida me envolver com atividades de educação cristã, na Igreja, posso dizer que tenho acumulado razoável conhecimento sobre Deus, ou, de segunda mão, o que é infinitamente inferior a um conhecimento pessoal.
Neste ínterim, aprendi que a coisa mais importante, e que crescentemente pode dar mais sentido à minha vida, é exatamente aumentar o conhecimento de Deus, dia a dia. Aprendi que é possível uma pessoa ter um grande conhecimento sobre Deus sem ter muito conhecimento de Deus. Aprendi que um conhecimento pessoal de Deus é fonte de alegria inefável, como sói acontecer num relacionamento de amizade, com muito carinho, além do conhecimento mútuo. Conhecer a Deus é uma questão de envolvimento pessoal - mente, vontade, e sentimentos; caso contrário, não seria realmente uma relação plenamente pessoal. Assim, para conhecer uma pessoa, é necessário gastar tempo em sua companhia, envolver-se com seus interesses e estar pronto a se identificar com suas preocupações. Sem isto o relacionamento com ela será apenas superficial e sem graça. “Oh! provai e vede que o Senhor é bom” diz o salmista. “Provar é experimentar. Nós não conhecemos as verdadeiras qualidades de outra pessoa até que tenhamos experimentado sua amizade. À medida que abrem seus corações um ao outro, pelo que dizem e fazem, cada um “saboreia” a qualidade do outro, seja tristeza ou alegria. Este é um aspecto essencial do conhecimento que os amigos têm um do outro; e isto também se aplica ao conhecimento que o cristão tem de Deus, visto que é um relacionamento entre amigos. A Bíblia fala que podemos conhecer a Deus da mesma forma como o filho conhece a seu pai. Isto faz parte do conceito bíblico de conhecer a Deus; aqueles que o conhecem são amados e cuidados paternalmente por Ele.”
Conhecer a Deus é uma questão da graça divina. É um relacionamento cuja iniciativa é completamente de Deus. Nós não fazemos amizade com Deus; Ele é que se torna nosso amigo levando-nos a conhecê-Lo e tornando Seu amor conhecido por nós. Todo o meu conhecimento de Deus depende da iniciativa permanente da parte d’Ele em me conhecer. Eu o conheço porque Ele me conheceu primeiro, e continua a me conhecer. Ele me conhece como meu melhor amigo, alguém que me ama. Não há um único momento em que Ele tira seus olhos de mim ou que se distrai e que me esquece; portanto, não há um momento sequer em que Ele deixa de cuidar de mim. Este é um conhecimento extremamente significativo, e que traz um indizível conforto.

Aprendi, finalmente, que o 1º passo para conhecer pessoalmente a Deus é reconhecer quanto nos falta deste conhecimento relacional. Este passo eu já dei. Na seqüencia, que a minha oração a cada final de dia, doravante seja: “Graças a Deus que O conheço pessoalmente, hoje mais do que ontem, mas ainda menos do que amanhã”. Estou caminhando...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

INICIO DE ANO E ESPERANÇA QUE SE RENOVA


Enquanto há vida, há esperança, costumamos dizer, mas a verdade mais profunda é que só quando há esperança é que há vida. Perca a esperança, e a vida com toda a sua fascinante variedade de oportunidades, se reduzirá à mera existência – desinteressante, insatisfeita, triste, monótona,... um fardo e uma dor... Mas a esperança gera energia, entusiasmo e empolgação; a falta de esperança produz apenas apatia e inércia. Assim, para sermos pessoas plenamente desenvolvidas é necessário termos esperança no coração. O filosofo Kant disse que uma das perguntas básicas da vida é: o que esperamos?”. Identifico em mim mesmo, a necessidade de fortalecer esta esperança, que é fonte de alegria para a alma, e faz bem ao coração, restaurando suas energias. Comumente a desesperança é também um dos fantasmas da terceira idade, com o esvaziamento de nossos sonhos, e a conformação com o status-quo. Neste ínterim, alguns transferem suas esperanças, para uma vida após a morte, como se nesta vida não se pudesse esperar nada de melhor. Alguém já disse, que, mantidas as condições correntes - independente da época em que se vive - esta vida, se prolongada sem fim, seria mesmo impensável e insuportável. Também a memória de coisas boas, e realizadas, parece que ficou sepultada em algum recôndito de nosso inconsciente.

Esperança é, não obstante, uma expectativa das boas coisas esperadas. Isto soa como um remédio eficaz contra a insatisfação, e na sua esteira vão muitos placebos, quais sejam, algumas fórmulas de auto-ajuda, de efeito circunstancial e muito breve. Logo a desesperança retorna ensejando a visão de mesmice, onde nada de novo existe, nem mesmo vislumbrada no horizonte de vida. Certamente que todos, em algum momento de nossas vidas, podemos experimentar momentos de decepção e frustração, quando sentimos que não há esperança. Mas existem exemplos de pessoas que parecem desfrutar de uma esperança que se traduz numa alegria contagiante, e mais permanente; uma vigorosa esperança que dá um sabor especial a cada momento, e o transforma , sempre na expectativa de algo bom e novo, a ser admirado, e desde logo aguardado com muito prazer. Assim a esperança cristã é uma expectativa confiante e segura de ações divinas, e sua base são as promessas de dias melhores ainda por vir. Aqui o que faz a diferença reside na base desta esperança, pois trata-se da promessa dAquele que primariamente nos deu vida. Neste sentido, “a esperança cristã expressa o conhecimento de que a cada dia da vida, e a cada momento a mais, o cristão pode dizer com certeza, com base na promessa de Deus, que o melhor ainda está por vir.” Eis aí o que pode dar muita alegria!