sábado, 16 de agosto de 2014

CONHECER DEUS EM 1º LUGAR


Um propósito que se renova a cada manhã: Conhecer a Deus, mais e mais, em uma caminhada diária, desfrutando dos prazeres da Sua companhia.
Criados com um propósito: não fomos criados apenas para viver por viver, mas, antes viver para conhecer Aquele que nos criou. (Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como os vivos”, Romanos 14:6-9). O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus ao gozar de Sua companhia plena e eternamente. (“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”. Romanos 11:36).
Alguém já destacou que a coisa mais importante a fazer, é fazer aquilo que é  mais importante, aquilo para o que somos feitos? para conhecer Deus. Que alvo deveríamos estabelecer para nós na vida? conhecer Deus. Qual é a melhor coisa na vida, que poderia trazer mais alegria, prazer e satisfação do que qualquer outra coisa? o conhecimento de Deus. (Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma”, Salmo 42:1). Isto oferece ao mesmo tempo um fundamento, uma forma e uma meta para nossa vida, e também um princípio de prioridades e uma escala de valores.
Conhecer Deus, pessoalmente, é muito diferente de conhecer apenas sobre Deus, que claramente é insuficiente num conhecimento entre pessoas.  A regra para transformar nosso conhecimento sobre Deus em conhecimento de Deus manda que transformemos cada verdade aprendida sobre Deus em assunto de meditação diante de Deus, conduzindo-nos à oração e ao louvor a Deus. Meditação é o ato de trazer à mente as várias coisas que se conhece sobre as atividades, os modos, os propósitos e as promessas de Deus; pensar em tudo isso, refletir sobre essas coisas e aplica-las à própria vida.
O conhecimento de Deus é por conaturalidade, uma forma de conhecimento que somente é alcançado através de um relacionamento pessoal. Naturalmente nos envolvemos em diferentes graus de relacionamentos: pessoa → coisa inanimada (Eu – isso), é impessoal, e envolve manipulação; pessoa → animal irracional, envolve analisar hábitos, comumente repetitivos, e, alguma manipulação; pessoa → pessoa (Eu – Tu), é pessoal, e envolve mudanças não repetitivas; é um encontro de pessoas vivas se relacionando de modo a se conhecerem melhor, umas às outras ; eu me deixo influenciar através do dialogo; ela se torna um tu. Minhas próprias mudanças dependem deste relacionamento. Assim também o relacionamento com Deus é de pessoa a pessoa.
Conhecer  Deus envolve uma relação emocional, bem como intelectual e volitiva e, de fato se não for assim, é impossível haver um relacionamento profundo entre duas pessoas. Um conhecimento de coração a coração, pautado pelo amor. (“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”, Mateus 22:37). Porque o que ama conhece Deus. O que não ama não conhece Deus. E nosso amor é uma resposta a Deus que nos amou primeiro; o amor de Deus é então derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. Este amor é ao mesmo tempo humano e divino; é muito distinto do que normalmente entendemos por amor; na verdade o chamamos de amor por analogia. É um estado dinâmico que origina e conforma todos nossos pensamentos e sentimentos, todos nossos juízos e decisões. Assim como a capacidade de transcender se faz efetiva quando nos enamoramos - então nosso ser se converte em ser enamorado – ficamos  completamente possuídos por um amor que tudo envolve.
Neste conhecimento algo muito maior está implícito – Deus me conhece. Eu estou gravado nas palmas de Suas mãos. Nunca sou esquecido por Ele. Ele me conhece como meu melhor amigo, alguém que me ama. Não há um único momento em que Ele tira seus olhos de mim ou que se distrai e me esquece; portanto, não há um momento sequer em que Ele deixa de cuidar de mim. Este é um conhecimento extremamente significativo. Há um indizível conforto – o tipo de conforto que nos dá poder, isto e, não nos enfraquece – em conhecer este Deus que está constantemente consciente de mim em amor e cuidando de mim para o meu bem.
Observadores e caminhantes, conformam  dois tipos de pessoas em relação ao conhecimento de Deus. Uns são aqueles que se sentam na sacada e apenas olham para aqueles que passam diante dele. Eles podem escutar a conversa dos caminhantes e até falar com eles, mas são apenas observadores. Os caminhantes, ao contrário, enfrentam problemas que, embora tenham sua dimensão teórica, são essencialmente práticos – problemas do tipo “qual caminho seguir” ou “como fazer isto”, problemas que não requerem apenas compreensão, mas decisão e ação”. Com relação a Deus, enquanto os observadores da sacada estão tendo um conhecimento apenas superficial sobre como pode ser Deus, os caminhantes estão dia a dia aumentando o conhecimento pessoal, e, que decorre de um relacionamento entre duas pessoas, mesmo que uma destas seja o próprio Deus. Remanesce a pergunta: em relação ao conhecimento de Deus, estou na sacada ou no caminho? Sou apenas um observador ou um caminhante?.
Uma constatação, e, um propósito, que se renova a cada fim de dia: Senhor meu Deus, conheço-te hoje mais do que ontem, e menos do que amanhã.

P.S. Fontes: Biblia e “O Conhecimento de Deus”, de J.I. Packer