Um
propósito que se renova a cada manhã: Conhecer a Deus, mais e mais, em uma
caminhada diária, desfrutando dos prazeres da Sua companhia.
Criados com um
propósito:
não fomos criados apenas para viver por viver, mas,
antes viver para conhecer Aquele que nos criou. (“Porque nenhum de nós vive para
si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se
morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos
do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a
viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como os vivos”, Romanos 14:6-9). O fim supremo e
principal do homem é glorificar a Deus ao gozar de Sua companhia plena e
eternamente. (“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as
coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”. Romanos 11:36).
Alguém já destacou que a coisa mais importante a
fazer, é fazer aquilo que é mais
importante, aquilo para o que somos feitos? para
conhecer Deus. Que alvo deveríamos estabelecer para nós na vida? conhecer Deus.
Qual é a melhor coisa na vida, que poderia trazer mais alegria, prazer e
satisfação do que qualquer outra coisa? o conhecimento de Deus. (“Como suspira a corça pelas correntes das águas,
assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma”, Salmo 42:1). Isto
oferece ao mesmo tempo um fundamento, uma forma e uma meta para nossa vida, e
também um princípio de prioridades e uma escala de valores.
Conhecer Deus, pessoalmente,
é muito diferente de conhecer apenas sobre Deus,
que claramente é insuficiente num conhecimento entre pessoas. A regra para transformar nosso conhecimento
sobre Deus em conhecimento de Deus manda que transformemos cada verdade
aprendida sobre Deus em assunto de meditação diante de Deus, conduzindo-nos à
oração e ao louvor a Deus. Meditação é o ato de trazer à mente as várias coisas
que se conhece sobre as atividades, os modos, os propósitos e as promessas de
Deus; pensar em tudo isso, refletir sobre essas coisas e aplica-las à própria
vida.
O conhecimento de Deus é por
conaturalidade, uma forma de conhecimento que somente é alcançado através de um
relacionamento pessoal. Naturalmente nos envolvemos em diferentes
graus de relacionamentos: pessoa → coisa inanimada (Eu – isso), é impessoal, e
envolve manipulação; pessoa → animal irracional, envolve analisar hábitos,
comumente repetitivos, e, alguma manipulação; pessoa → pessoa (Eu – Tu), é
pessoal, e envolve mudanças não repetitivas; é um encontro de pessoas vivas se
relacionando de modo a se conhecerem melhor, umas às outras ; eu me deixo
influenciar através do dialogo; ela se torna um tu. Minhas próprias mudanças
dependem deste relacionamento. Assim também o relacionamento com Deus é de
pessoa a pessoa.
Conhecer Deus envolve uma relação emocional, bem como
intelectual e volitiva e, de fato se não for assim, é
impossível haver um relacionamento profundo entre duas pessoas. Um conhecimento de coração a coração,
pautado pelo amor. (“E Jesus disse-lhe: Amarás o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento”, Mateus 22:37). Porque o que ama conhece
Deus. O que não ama não conhece Deus. E nosso amor é uma resposta a Deus que
nos amou primeiro; o amor de Deus é então derramado em nossos corações pelo
Espírito Santo. Este amor é ao mesmo tempo humano e divino; é muito distinto do
que normalmente entendemos por amor; na verdade o chamamos de amor por
analogia. É um estado dinâmico que origina e conforma todos nossos pensamentos
e sentimentos, todos nossos juízos e decisões. Assim como a capacidade de
transcender se faz efetiva quando nos enamoramos - então nosso ser se converte
em ser enamorado – ficamos completamente
possuídos por um amor que tudo envolve.
Neste conhecimento algo
muito maior está implícito – Deus me conhece. Eu estou gravado
nas palmas de Suas mãos. Nunca sou esquecido por Ele. Ele me conhece como meu
melhor amigo, alguém que me ama. Não há um único momento em que Ele tira seus
olhos de mim ou que se distrai e me esquece; portanto, não há um momento sequer
em que Ele deixa de cuidar de mim. Este é um conhecimento extremamente significativo.
Há um indizível conforto – o tipo de conforto que nos dá poder, isto e, não nos
enfraquece – em conhecer este Deus que está constantemente consciente de mim em
amor e cuidando de mim para o meu bem.
Observadores e
caminhantes, conformam dois tipos de
pessoas em relação ao conhecimento de Deus. Uns são aqueles que
se sentam na sacada e apenas olham para aqueles que passam diante dele. Eles
podem escutar a conversa dos caminhantes e até falar com eles, mas são apenas
observadores. Os caminhantes, ao contrário, enfrentam problemas que, embora
tenham sua dimensão teórica, são essencialmente práticos – problemas do tipo
“qual caminho seguir” ou “como fazer isto”, problemas que não requerem apenas
compreensão, mas decisão e ação”. Com relação a Deus, enquanto os observadores
da sacada estão tendo um conhecimento apenas superficial sobre como pode ser
Deus, os caminhantes estão dia a dia aumentando o conhecimento pessoal, e, que
decorre de um relacionamento entre duas pessoas, mesmo que uma destas seja o
próprio Deus. Remanesce a pergunta: em relação ao conhecimento de Deus, estou
na sacada ou no caminho? Sou apenas um observador ou um caminhante?.
Uma
constatação, e, um propósito, que se renova a cada fim de dia: Senhor meu Deus,
conheço-te hoje mais do que ontem, e menos do que amanhã.
P.S.
Fontes: Biblia e “O Conhecimento de Deus”, de J.I. Packer
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