domingo, 19 de janeiro de 2014

NOVO CURRÍCULO DE VIDA ou CURRÍCULO DE VIDA NOVA

NASCIMENTO:nascido de novo, ou nascido espiritualmente, como alvo de regeneração (gerado de novo), por obra sobrenatural, e, graça do Espírito Santo, que também veio habitar em mim, em algum momento desde o nascimento natural, e, doravante, vivendo uma vida que se estende pela eternidade, quando terei inclusive um nome novo - “... e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe”, Apocalipse 2:17
QUEM SOU: por conta de ter nascido de novo,
Sou nova criatura (nova pessoa) - Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” , 2 Coríntios 5:17.
Sou filho de Deus (Deus espiritualmente é meu Pai) - Mas, a todos quantos o receberam (a Jesus Cristo como seu salvador e senhor), deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome (que Ele também é Deus)”, João 1:12.
Sendo filho, também  sou herdeiro de Deus, co-herdeiro com Cristo, participando de sua herança E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo”, Gálatas 4:6-7.
Sou cidadão do Céu - “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Filipenses 3:20.
Sou a expressão da vida de Cristo, porque Ele é a minha vida -Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória”, Colossenses 3:4
ESTOU EM FASE DE CONSTRUÇÃO, de crescimento espiritual, tendo como modelo a vida do próprio  Jesus Cristo:
Na economia da salvação, depois do acontecimento de “nascer de novo”, sou chamado para o processo de santificação (1) –Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”,  1 Pedro 1:16. ”E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes meu”, Levítico 20:26.
Deus é o agente primário da minha santificação porque me deu um novo coração para que pudesse me voltar para Ele - E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.1 Tessalonicenses 5:23.
Quando o faço, em sinergia com a ação de Deus, torno-me agente da minha própria santificação, e meu coração é conformado à imagem de Deus; é no coração que a mente, emoções e vontade são unidas numa vida centralizada em Cristo. Quando volto meu coração para Deus, começo a amar a Ele e aos outros.  - Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna...”, Romanos 6:22-23.
Doravante estou sendo tansformados pela renovação da mente (2) -  “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”, Romanos 12:2. “Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” 2 Coríntios 10:3-5.
Neste ínterim, em meu coração trava-se uma luta renhida entre a minha velha natureza corrompida pelo pecado, e a nova natureza regenerada (3)
O QUE FAÇO. Minhas ações decorrentes do que sou, e do que estou sendo transformado no processo da santificação:
Sou feitura de Deus, criada (nascido de novo) em Cristo, para fazer sua obra que Ele programou de antemão para eu fazer - Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”, Efésios 2:10.
Sou escolhido e designado por Cristo para dar fruto - Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda”, João 15:16 .
Sou templo (morada) de Deus, para que Seu Espírito habite em mim -Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” 1 Coríntios 3:16. “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”, 1Coríntios 6:19.
Sou servo da justiça, para praticá-la - “...E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça”, Romanos 6:18.
Na dimensão comunitária, sou membro de uma raça eleita, para anunciar as grandezas divinas - Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.1 Pedro 2:9-10 .
Também faço parte de um corpo de pessoas chamadas para fazer a diferença no seu próprio dia a dia, como sal da terra  e luz do mundo (4)  Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens, Vós sois a luz do mundo; ... Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”,Mateus 5:13-16.

P.S. esta é a identidade de um verdadeiro cristão, e, como tal, desejamos que também possa ser testificada a nosso respeito.
Obs.
  1. Salvação não é acréscimo; é transformação radical. Quando nascemos de novo espiritualmente, ocorre uma transformação maior do que aquela que ocorrerá quando morremos fisicamente. Antes de nos converter a Cristo, nossas mentes foram programadas para viver independentes de Deus. Na santificação, progressiva, temos de assumir a responsabilidade na reprogramação de nossas mentes para a verdade da Palavra de Deus.
  2. Esta experiência é também comparada com conquistar  fortalezas, que são raciocínios e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus. Fortaleza é um padrão negativo de pensamento, marcado a fogo em nossas mentes, seja por reforço do hábito, ou devido a certos traumas que vivenciamos. Nossos temperamentos e personalidades estão basicamente estabelecidos quando chegamos aos 6 anos de idade. Juntamente com as experiências prevalecentes que tivemos, o segundo maior fator a contribuir para o desenvolvimento de fortalezas são as experiências traumáticas que eventualmente vamos acumulando ao longo da vida.
  3. A santificação é um processo que envolve um conflito na alma, ensejando uma batalha diuturna entre a velha e a nova natureza; por um lado, devemos mortificar a velha natureza (inclinações ainda latentes na alma corrompida pelo pecado, que se compraz nos prazeres da carne, tais como: adultério, fornicação, impureza, lascívia,Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas Gálatas 5:19-21),e, por outro lado, temos a necessidade de vivificação do novo homem (a nova natureza se compraz com os frutos do espírito que são: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, Galátas 5.22). A santificação é uma experiência de limpeza do coração, sem a qual ninguém verá a Deus - Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação”, 1 Tessaloicenses 4:7. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus", Mateus 5:.
  4. Sal e a luz são metáforas que denotam nossa influência para o bem no mundo. A Igreja foi colocada no mundo com um duplo papel: como sal para interromper, ou pelo menos retardar o processo de corrupção social; e, como luz, para desfazer as trevas de uma mente entenebrecida pela sombra do pecado. A eficácia do sal é condicional: tem de conservar a sua salinidade; não obstante, pode ser contaminado pelas impurezas, tornando-se inútil e até mesmo perigoso. A luz por sua vez é um símbolo bíblico comum da verdade, e expressão generalizada que abrange qualquer manifestação visível da fé cristã.


Fontes: Biblia; “Santificação”, de Neil Anderson e Robert Saucy; “Contracultura cristã”, de John Stott.