terça-feira, 16 de novembro de 2010

NOSSO MAIOR INIMIGO! VENCIDO!


Em minha Biblioteca, têm destaque as obras de ficção, abordando de forma criativa assuntos sérios, e dentre estes, “O Grande abismo”, de C.S. Lewis, “Na terra como no céu, uma visão da outra vida”, de Scott Peck, e, acabo de ler, “Intermitências da Morte”, de José Saramago. Neste último a morte, personalizada, dá uma trégua por um tempo, em um País imaginário, quando então é abordado com uma fina ironia, os “problemas” decorrentes, para os familiares atingidos, e para a sociedade em geral.
Destaco também títulos que fizeram sucesso como “Sobre a Morte e o Morrer”, “A Roda da vida”, e “Os Segredos da vida”, com abordagens psicanalíticas de autoria de Elizabeth Kubler Ross, “Dançando com a morte”, de Bert Keizer, “A negação da morte”, de Ernest Becker, etc.
É um assunto que em geral cala, quando não, afasta as pessoas, basicamente, por medo... de suas implicações graves, pessoais, e intransferíveis, não obstante ser uma das poucas certezas que temos, em meio a tanta relatividade.
Mas, basta conviver com um Pastor ou um Padre, para saber que é uma questão cotidiana, com o qual têm que lidar. Não sendo nem um, nem outro, mas considerando o status de idoso, não posso deixar de lembrar de suas evidências, na forma de quantos conhecidos, já não podemos rever, definitivamente. E, a compreensão, de que esta é uma barreira inevitável, assim como a “pedra” que o poeta vislumbrou no meio de seu caminho. Só que esta é intransponível!
Para um cristão, fica a esperança de um desdobramento, de uma nova vida, mais verdadeira, da qual, a atual, é apenas um estágio por assim dizer probatório. E, nesse ínterim, vamos nos confortando, com belos testemunhos de vidas bem vividas. E, mesmo, daquelas quase não vividas, ceifadas em seus primeiros momentos, das quais, na impossibilidade, dão melhor testemunho, os genitores, como aquele avô, que ao chorar a morte prematura de seu neto, pela fé, proclama, que o mesmo, doravante, “conhecerá as maravilhas de Deus, sendo a maior delas o próprio Deus, a quem aprenderá a chamar de Pai. Aprenderá a história de Jesus ouvindo-a do próprio Jesus. Brincará nos jardins celestiais e explorará cada canto e recanto do paraíso, habilitando-se como cicerone do céu para aguardar a sua chegada”.
A conclusão e a lição que remanesce, é a singularidade, e gravidade da vida, da qual o maior inimigo, certamente, é a morte, e, a boa notícia – Evangelho – é de que esta já foi vencida, na bela História da Ressurreição de Jesus Cristo, vitória esta que agora também nos pertence, é nossa herança.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

VIDA DE LEITOR COMPULSIVO


Confesso que sou viciado em leitura, desde bem jovem; como alguns, talvez como mecanismo de compensação, resultado de uma timidez excessiva; tudo bem, nesta altura, o que interessa são os resultados positivos, em detrimento dos negativos. Na condição de adicto de leituras, das quais basicamente me alimento, e, eventualmente, sou acometido de mal-humor, quando aumenta a falta de um bom livro para ler, lembro mesmo dos tempos idos de internato, quando usava a pouca mesada familiar, para comprar caixas de livros, daqueles que se desfaziam dos mesmos.
Neste ínterim guardo na memória como destaques:
O primeiro título mais desafiador que me impactou foi “O MEIO DIVINO”, de Teilhard de Chardin, com sua ênfase na valorização de todas nossas atividades e passividades (aquilo que sofremos).
Seguiu-se a obra de Herman Hesse com destaque para “SIDARTA”, “O LOBO DAS ESTEPES”, “O JOGO DAS CONTAS DE VIDRO”. Albert Camus (“A PESTE”, “A QUEDA”, “O ESTRANGEIRO”) com os conceitos vivenciais do Existencialismo. De Kafka (“CASTELO”, “METAMORFOSE”), o estranhamento da vida.
Dando um salto de muitos anos, encontro-me lendo tudo que diz respeito a Sócrates para quem “Uma vida que não é continuamente examinada é indigna de ser vivida”; e Só sei que nada sei”.
Entre os filósofos/teólogos, destaco Kierkegaard (“TEMOR E TREMOR”) que ilustra, com o caso de Abraão e Isaque, a complexa vivência da fé; C.S. Lewis (“CRISTIANISMO SIMPLES”) e a singularidade da dimensão moral do homem; Dietrich Bonhoeffer (“VIDA EM COMUNHÃO”, “DISCIPULADO”) e a responsabilidade social; a denúncia da “graça barata”; a vivência em coletividade, com acento no primeiro serviço de escutar, atentamente, uns aos outros.
Com viés psicológico, deslumbrei-me com Viktor Frankl (LOGOTERAPIA) enfatizando a sede humana de sentido da vida. O ser humano é essencialmente (ou pelo menos originariamente se move) motivado por uma vontade de sentido. De Jung guardei seu modelo de mapa da alma, tendo como destaque a idéia de inconsciente coletivo.
Do pensamento místico, ressalto os insights e as visões de Santa Tereza de Ávila (MORADAS); do rabino Joshua Heschel (“O HOMEM A PROCURA DE DEUS”, “DEUS A PROCURA DO HOMEM”, “THE PROPHETS”) sua abordagem da dimensão mística do homem, do senso da admiração, do sentido do inefável, da percepção do sublime, do significado da reverência e do sentido do mistério.
Correntemente estou imerso em conhecer tudo que se relaciona com o filosofo,cientista e inventor, Blaise Pascal (1623- 1662). “Em Física, estudou a mecânica dos fluidos, e esclareceu os conceitos de pressão e vácuo; realizou experiências sobre sons ; esclareceu os princípios barométricos da prensa hidráulica e da transmissibilidade de pressões. Na matemática Pascal contribuiu decisivamente para os ramos da Geometria Projetiva, Probabilidades, e Calculo Infinitesimal. Criou em 1642 a primeira calculadora mecânica que se conhece”. Estas credenciais de cientista renomado, acentuam e valorizam, sua vivência cristã. De sua obra “Os pensamentos” (cerca de 1.000 apontamentos em que faz a defesa do cristianismo) destacamos: “ O ser humano é marcado pela “contrariedade”, é um ser em perpétua contradição consigo mesmo; sua principal contradição é ser grande e miserável ao mesmo tempo. Nós conhecemos a verdade não somente pela razão, mas também pelo coração; O coração tem suas razões, que a própria razão desconhece". Pascal teve uma experiência marcante de conversão gravada como Memorial, que costurou em seu casaco, até o dia da sua morte. Considerado na linha de pensamento de Santo Agostinho (“CONFISSÕES”), sua obra influenciou Wesley fundador da Igreja Metodista.Tinha uma saúde frágil, e adoeceu gravemente em 1659 – ocasião em que redigiu uma vívida oração pedindo a Deus que use a enfermidade em sua vida de maneira apropriada - morrendo com apenas 39 anos. Tornou-se célebre seu argumento da aposta: depois de ponderar “que a impossibilidade de conhecermos a natureza de Deus, não implica a conclusão da sua inexistência, pondera ser igual o número de probabilidades a favor e contra a hipótese da existência de Deus. Fica assim aberta, para o homem, a mais importante das apostas; e assim como todo o jogador arrisca o certo para ganhar o incerto, também o homem arriscará um infinito certo para ganhar incertamente o infinito, sem pecar contra a razão. Quer dizer: agora é a própria razão, atida às regras lógicas do cálculo de probabilidades, que obriga a apostar na existência de Deus”.
Concluo com uma menção especial para releituras permanentes da BIBLIA, que é a minha meta e meu sonho ainda por realizar, plenamente, com o sabor de Palavra Viva de Deus, sob a iluminação do Espirito Santo, que também nos é dirigida ainda hoje.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO!



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Um lugar comum, para todos que se deleitam com suas belezas naturais, convidativo para caminhadas diárias pela orla de Ipanema e Copacabana, pelo Jardim Botânico, pista Claudio Coutinho, travessia das barcas Rio-Niterói,etc. Mas também, a cada oportunidade em que o desfruto, mais me dou conta, pela abundância de suas expressões artísticas. Contextualizando, nestes últimos dez dias em que voltei ao Rio, a passeio, imergi, por assim dizer, nas ofertas de atividades culturais; quase um espetáculo a cada dia... de “DON QUIXOTE”, no Teatro Municipal, já de per si, um ambiente encantador, e os cenários exuberantes, para uma apresentação soberba, de um corpo de baile iluminado; um show da sambista MARIANA BALTAR, que tenho a honra de conhecer; e, outro da musa LEILA PINHEIRO, emocionante!; um espetáculo de base circense, DNA; mais duas peças de Teatro; quer mais? Cinemas mais exclusivos em Botafogo, complementado com aluguel de fitas, seletivas para os amantes da sétima arte, no Estação Botafogo. Volto reabastecido, e ponderando em todas estas expressões artísticas, o destaque da linguagem do artista, que cativa, em sua capacidade de emocionar, uma verdadeira linguagem do coração. Quão diferente da linguagem vulgar, repetitiva, massificada! Para não falar da linguagem manipuladora da publicidade, e de celebridades e políticos demagogos. A linguagem pela qual o artista se apresenta é mesmo mágica, e, filosofo, que faz falta, pela sua exiguidade, no dia a dia. O artista, até por vocação, se doa a cada espetáculo, e nós retribuímos, através dos aplausos, para afirmar que esta é a linguagem que gostamos, corroborando que, afinal, a vida é (ou deveria ser) isso aí, bela como a emoção que o artista nos passa.