sexta-feira, 8 de abril de 2011

APRENDENDO A NOS CONHECER


O inspirado escritor Albert Nolan, em seu livro “JESUS HOJE”, pondera que normalmente estamos tomando uma imagem nossa, projetada e distorcida, por “nosso verdadeiro Eu”. Afirma então que esta imagem projetada, que não obstante, muitas vezes nos domina, é na realidade o “nosso eu egoísta”. E , dá algumas pistas simples de como começamos a notar os sinais de nosso verdadeiro eu: quando começamos a sentir um forte desejo de conhecer a verdade acerca de nós mesmos, por muito humilhante que essa verdade possa revelar-se, isso é o nosso verdadeiro eu; quando conseguimos rir das manias do nosso ego, é o nosso eu que está rindo; quando nos sentimos, genuinamente, movidos por sentimentos de compaixão para com as pessoas necessitadas, esse é o nosso verdadeiro eu; quando começamos a sentir uma grande gratidão pelos inúmeros dons que a vida nos oferece, podemos ter certeza de que isso não provém do nosso ego.O ego é completamente incapaz de sentir gratidão.”

E admoesta finalmente, que, O principio de autoconhecimento, .., é a autoconsciência crescente do nosso ego e de como ele funciona... devemos dar inicio à prática de observar o nosso comportamento em diversas circunstâncias, e de reconhecer as nossas compulsões e obsessões. Devemos começar a enfrentar com o máximo de verdade possível as nossas motivações...”.
Esta oportuna reflexão me estimula a exercitar um salutar distanciamento daquilo que é objeto de minha atenção imediata, para melhor avaliar as motivações que me movem, que podem assim ter duas fontes: o eu egoísta, ou, o Eu verdadeiro.
Isto me trouxe uma esperança; afinal, tantas posturas assumidas, ao longo da vida, e que não se revelaram propriamente altruístas, não era o meu verdadeiro eu, mas seu simulacro, alimentado por tantas fantasias e erros incorridos. Por outro lado, deu-me uma pista a ser seguida: observar melhor os sinais do verdadeiro eu, como os mencionados.
Particularmente, gostei da recomendação para desconfiar, quando nos levamos a sério em demasia, perdendo assim a capacidade de poder rir das manias do nosso ego.
E, o alivio, de reconhecer em alguns sinais demonstrados de compaixão e de gratidão, como fortes evidências de que se trata do meu verdadeiro Eu, a ser, doravante, mais estimulado.

Um comentário:

  1. Prezado Péricles
    Excelente texto e grande dica de Albert Nolan.
    Na chegada do meu meio século de vida, iniciei o caminho para o grande encontro com meu EU. Identificar as artimanhas do Ego tem sido um exercício, naõ digo nem diário, mas horário. rsrsrs
    Senti, aqui, falta da "humildade", que muito nos ajuda a vencer esse "danadinho", o ego.
    Aguardo mais textos seus.
    Um abraço,
    Marluci

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