SEIS ASPECTOS QUE, JUNTOS
E INSEPARÁVEIS, E, EM INTERAÇÃO, COMPÕEM A “NATUREZA HUMANA: Pensamento
(imagens, conceitos, julgamentos, conclusões) + Sentimentos (sensação, emoção) = Mente + Vontade (coração, escolha , decisão, caráter)= Alma (fator que integra os aspectos
anteriores para formar uma vida) + Corpo
(ação, interação com o mundo físico)=
Ser Humano + Contexto social (relações pessoais e estruturais com os
outros) = Pessoa completa. Pensamentos
, sentimentos, corpo, contexto social, produzem impressões sobre a Vontade e a
Alma. A Vontade e a Alma por sua vez,
produzem expressões na forma de ações. Mente
é um termo psicológico, enquanto que cérebro é um termo fisiológico. É ao
intelecto que o homem deve a sua faculdade de julgar, recordar, imaginar e
raciocinar. Pensamento e Sentimento caminham sempre juntos. O pensamento traz
coisas à mente de vários modos (incluindo a percepção e a imaginação); é o que
permite à vontade (ou espírito) explorar além dos limites imediatos do meio em
que vivemos e das percepções dos sentidos. A
faculdade da emoção é o instrumento para os nossos gostos e antipatias.
Nossa emoção produz dor, prazer, alegria, felicidade, animação, agitação,
júbilo, estímulo, desalento, tristeza, pesar, melancolia, miséria, lamento,
abatimento, ansiedade, zelo, frieza, afeição, aspiração, ambição, compaixão,
bondade, preferência, interesse, expectação, orgulho, temor, remorso, ódio,
etc. A vida no todo parece revolver grandemente ao redor dos impulsos da emoção. Qualquer falta dela
tornará o homem tão insensível como pedra. As várias expressões da vida
emocional podem ser grupadas de três maneiras: emoções de afeição, emoções de desejo, e emoções de sentimento. A Vontade é o instrumento para nossas decisões e revela nosso poder de
escolha. Ela manifesta nossa disposição ou indisposição: queremos ou não
queremos. Sem ela o homem é reduzido a um autômato. A vontade de um homem pode
ser tomada como seu verdadeiro ego, pois ela realmente o representa. Ela age
pelo homem inteiro. Nossa emoção expressa simplesmente como sentimos; nossa
mente apenas diz o que pensamos; mas nossa vontade comunica aquilo que
queremos. Caráter é uma vontade relativamente constante.
MODELOS DA PSICOLOGIA. Estrutura da personalidade: psique; ego;
consciência; inconsciente pessoal; inconsciente coletivo. Freud (Ego-Id-Superego), e Jung (Arquétipos) elaboraram modelos, que destacam,
além da nossa consciência, considerada apenas a ponta do iceberg da nossa
psique, nosso inconsciente pessoal (Freud), e coletivo (Jung). Psique é como é como se denomina a
personalidade como um todo, e, compreende tanto o campo da consciência quanto o
inconsciente. O Ego confunde-se com
a Vontade; é o centro da
consciência, o sujeito de todas as adaptações do indivíduo ao meio, dos atos
pessoais da consciência; compõe-se de percepções conscientes, recordações,
pensamentos e sentimentos. É o vigia da consciência: a menos que o ego
reconheça a presença de uma idéia, de um sentimento, de uma lembrança ou de uma
percepção, nada disto pode chegar à consciência. É adquirido empiricamente
durante a vida, e, se estrutura a partir do inconsciente, diferenciando-se e
sempre se modificando no decorrer da vida, e, jamais é um produto acabado. No dia-a-dia
vemo-nos sujeitos a um grande número de experiências, a maioria das quais não
se tornam conscientes porque o Ego as elimina antes que atinjam a consciência,
pelo que o Ego fornece à personalidade identidade e continuidade. É graças ao Ego
que sentimos hoje sermos a mesma pessoa de ontem. A Consciencia
é a única parte da mente conhecida diretamente pelo indivíduo; esta
percepção consciente cresce diariamente por força da aplicação das 4 funções
mentais pelas quais nos orientamos: uma que nos assegure de que algo está aqui
(sensação); uma que estabeleça o que é (pensamento); uma que declare se isto
nos é ou não apropriado, se queremos aceitá-lo ou não (sentimentos);e uma que
indique de onde isto veio e para onde vai (intuição). Estas funções mentais, combinam-se com 2 atitudes
que determinam a orientação da mente consciente: extroversão e introversão; a atitude
extrovertida orienta a consciência pelo mundo externo, objetivo; a atitude
introvertida orienta a consciência para o mundo interior, subjetivo. Destas
combinações de funções com as atitudes, tem-se então os oito Tipos Psicológicos. O inconsciente
pessoal diz respeito ao que acontece às experiências que não obtêm a
aceitação do Ego; elas não desaparecem da psique, porque nada do que foi
experimentado deixa de existir. Ficam, pelo contrário, armazenadas no que se
denominou de inconsciente pessoal. A maior parte dos conteúdos do inconsciente pessoal, são então os
conteúdos rejeitados pela consciência, ao longo da vida pessoal de cada um.
Este impedimento da consciência se dá através dos Mecanismos de Defesa, dos
quais a Repressão é um exemplo. O
inconsciente pessoal desempenha ainda um papel importante na produção dos
sonhos. Jung concebe além do inconsciente pessoal, um substrato inconsciente
mais profundo, que é comum a todos os seres humanos, que chamou de inconsciente
coletivo. No nosso processo de
crescimento, herdamos padrões de estruturação da personalidade, nas diferentes
fases da vida: a infância, a adolescência, relação conjugal, velhice,
preparação para a morte. A estes padrões chamou de Arquétipos. Dentro do
inconsciente há, assim, estruturas psíquicas, ou arquétipos, que são formas sem
conteúdo próprio, que servem para organizar ou canalizar o material
psicológico. A personalidade total ou psique, compõe-se assim de vários
sistemas isolados, mas que atuam uns sobre os outros. Em vista de sua extensão
interminável, o inconsciente, poderia ser comparado ao mar, e o consciente
seria apenas uma ilha que se erguesse sobre o mar.
SUB-CONSCIENTE, NOSSO BANCO DE MEMÓRIA. O subconsciente ou o inconsciente é a área da alma onde
cada experiência que a pessoa teve é armazenada em banco de memória como os
computadores. Tudo que vimos, sentimos e percebemos desde o momento de nossa
concepção até ao presente está ali. Na comparação da mente com um iceberg, a
ponta que está de fora é a parte consciente, e tudo o mais, submerso é o
inconsciente. A mente subconsciente tem muitas recordações doloridas, e muitas
respostas do passado são reproduzidas no presente quando alguém nos toca uma ferida psicológica. O
subconsciente motiva nossas ações assim como a propaganda subliminar pode, sem
que o percebamos, afetar nosso comportamento.
CONSCIENTE/
PRÉ-CONSCIENTE/ EU PROFUNDO. Josep Otón Catalán, assim elabora sobre o assunto: “Na superfície
de nossa personalidade está o consciente. É a parte de nós que atua e se
expressa; mas o que diz e faz é variável. Suas decisões são provisórias. Muda
com muita facilidade. É uma realidade efêmera e conjuntural. Alternam-se
estados de ânimo contraditórios. Nossa atuação visível esconde uma realidade
mais profunda, o pré-consciente. É a parte de nossa personalidade que dirige o
consciente. É fruto da formação que recebemos. Quando nascemos era uma “tabula
rasa”. Foi-se definindo ao longo de nossa existência. Nesse estão todos os
condicionamentos que definem nossa personalidade caleidoscópica. O
pré-consciente não é único. Em seu interior se encontram tendências
contrapostas, frutos de concepções diferentes da realidade. Essas tendências
lutam para poder dirigir o consciente. Nosso comportamento observável é o
resultado do contato pré-consciente com a realidade. Os traços de nossa
personalidade, aquilo que acreditamos ser, é a adaptação do pré-consciente ao
meio em que está inserido. Agimos em função do pré-consciente. No entanto, nós não somos nosso
pré-consciente, ainda que nosso comportamento dependa dele. Há uma realidade
ainda mais profunda e mais autêntica em nós. O consciente é a fachada do
edifício; o pré-consciente a estrutura; e o eu profundo é o cimento. “
FENOMENOLOGIA DO
HOMEM. Batista Mondim, em seu livro “O
homem quem ele é? “ faz uma abordagem do fenômeno humano sob os pontos de
vista mais importantes, procurando ver antes de mais nada o que ele é: corporeidade,
conhecimento, vontade-liberdade-amor, linguagem, sociabilidade, cultura,
trabalho, jogo e religião (dimensões de homo somaticus, vivens, sapiens, volens, loquens, socialis, culturalis, faber, ludens, e religiosus).
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