quarta-feira, 16 de maio de 2012

+ QUE ORAR PARA VIVER é VIVER PARA ORAR +




A Biblia nos diz que fomos criados com o propósito de sermos companheiros de Deus. Ora, em qualquer relação de companheirismo, uma das condições básicas é a capacidade de podermos falar livremente, uns com os outros. No relacionamento com Deus, isto ocorre sobretudo na forma de  oração. Segundo o dicionário popular, “Oração é um ato religioso que visa ativar uma ligação, uma conversa, um pedido, um agradecimento, uma manifestação de reconhecimento ou ainda um ato de louvor diante de Deus. A oração (na crença cristã), é a comunicação e o fruto consciente do relacionamento com um Deus (que além de transcendente é também pessoal), e, durante o qual,  a pessoa louva, agradece, intercede pela vida de outro, pede bênçãos para  ele ou para outrem, e através desta comunicação pode desfrutar da presença de Deus . O propósito da oração seria então, o de obter para si mesmo e/ou para os outros, bênçãos e graças que Deus já estaria disposto a conceder, mas que deveriam ser solicitadas para serem obtidas.”
Assim no relacionamento com Deus, a oração deveria traduzir esta liberdade e alegria de comunicação, que caracteriza uma relação de amizade, e, que nos enseja vivenciar, então, todas as esferas da oração, ou mais mentalmente pensando em Deus, ou mais  emocionalmente amando a Deus.
Comumente, nós cristãos, temos concentrado nossas orações em pedidos dirigidos a Deus - por mediação de Jesus Cristo - no sentido de nos conceder a graça de viver bem, em paz, gozando de saúde, e desfrutando dos prazeres de uma vida saudável.
Destacamos aqui entretanto uma outra faculdade da oração, que é o privilégio de orar para que Deus faça a Sua vontade. Sua importância é acentuada se considerarmos que, assim, Deus aguarda que peçamos aquilo que Ele já deseja fazer:”Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos Céus.Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. Comentando o assunto, Watchman Nee, destaca: “Podemos afirmar que esse é o seu princípio da ação. Desde a criação, Seu grande plano é agir em cooperação com o homem. Assim se define este serviço da oração: É Deus dizendo o que Ele deseja fazer, de modo que dois ou mais possam orar, expressando a vontade dEle. Tal oração não é pedir que Deus faça o que nós queremos, mas pedir-lhe que faça o que Ele já deseja fazer. Uma das condições  para que isso seja feito é harmonia (se dois de vós..., não é oração individual); eles precisam concordar, ou seja, precisam estar em harmonia, em plena unidade, como uma sinfonia executada por instrumentos musicais. E, outra condição é que essa harmonia não é um concordância momentânea a respeito de um determinado pedido, mas, antes,  precisa que as duas pessoas estejam sob o domínio do Espírito Santo. Isso quer dizer que sou levado por Deus a um ponto em que nego todos os meus desejos e quero somente o que o Senhor quer; uma outra pessoa, da mesma forma; e, eu e ela, ambos somos levados a um ponto em que há harmonia tal como a que existe na música.”
Certamente que a perspectiva de compartilhar de uma amizade tão ímpar é fonte de anseio por comunhão (ensejando ainda confiança e paz, quanto ao atendimento de  nossas necessidades); e, a possibilidade de ser habilitado para cooperar na consecução da vontade de Deus, é também fonte verdadeira de significado e transcedência, que, juntamente com a comunhão são os três anseios básicos de todo homem.

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