Conta-se, que num
concurso para escolher uma pintura que simbolizasse a paz, os quadros convencionais retratando uma “pomba da paz”, foram preteridos pela
seleção de um quadro que mostrava um ninho de passarinho preso aos galhos de
uma árvore, que se projetava sobre uma grande cachoeira. E a justificativa foi que,
a verdadeira paz, não depende das circunstâncias favoráveis, sendo possível se
viver em paz, mesmo em meio a um ambiente atemorizador.
Paz,
comumente, tem o
significado restrito de ausência de guerra e de problemas. No pensamento
hebraico contudo “paz= shalom”, é
algo muito mais positivo e abrangente; é tudo quanto contribui para o sumo bem
do homem. Paz é a tradução do grego “Eirene”,
e envolve tudo quanto constitui o repouso, o contentamento e a verdadeira
felicidade do coração. Descreve a serenidade, a tranqüilidade, o perfeito
contentamento da vida totalmente feliz e segura. Eirene é a palavra para descrever a perfeição dos relacionamentos,
da amizade humana. Paz é, então, o relacionamento certo entre as Nações, entre
grupos de pessoas; é o
relacionamento certo em todas as esferas da vida.
A
falta de paz, está associada com o medo. A genuína Paz lança fora todo o medo. Medo das
circunstâncias, medo do futuro, e não por último, medo de perder o controle da
situação. “Uma das maiores fontes de
ansiedade para o ser humano é o desejo de controlar a realidade. Geralmente
tendemos a querer que as coisas se manifestem exatamente da maneira que
desejamos ou consideramos ideal. Ocorre que, muitas vezes, tentamos forçar os
acontecimentos ou entramos num estado de ansiedade e medo, temendo que eles não
se concretizem. O controle, aliás, é um dos aspectos do medo, pois queremos
manipular as variáveis de uma situação por recearmos que ela se desenvolva da
maneira que gostaríamos. Este comportamento, geralmente, se deve ao fato de que
somos ensinados, desde pequenos, a "fazer coisas acontecerem". O mundo nos cobra uma ação permanente,
afirmando que, somente os que correm atrás é que conseguem sair vencedores.Este
ensinamento carrega em si a ilusão da onipotência, pois considera que a vida é
tecida somente por nossos desejos.“ (registro de um colega).
A
ausência de paz implica também em que vivemos cansados! Um dos sinais dos tempos atuais, é
estarmos, quase sempre, muito cansados; cansados de se esforçar para assegurar
uma vida digna, de lutar por um lugar ao sol, e cansados de esperar,
ansiosamente, por um resultado que não chega; é fácil observar nos noticiários,
provas de que este é um mal que acomete generalizadamente, mesmo pessoas muito abastadas de riquezas materiais,
mas que padecem igualmente da falta de paz, que não se pode comprar.
Paz
é também o termo para o relacionamento certo entre o homem e Deus, e sua ausência constitui-se na
verdade, na raiz de todo medo e cansaço existencial. A Paz é o dom = presente de Jesus Cristo. Quando ressuscitou, sua saudação
foi: “Paz seja convosco”; e quando
voltou aos Céus, sua última vontade e testamento foi: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”. Esta paz genuína, que enseja
relacionamentos certos em todas as
esferas da vida, e, que traz descanso e refrigério para a alma, Deus abre a Sua
mão e a dá abundantemente à todos que verdadeiramente O amam.
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