“O amor pode ser entendido de
diferentes formas, mas é por si só, o sentimento primário e inicial de todo e
cada ser humano. Todos carecem de amor e querem reconhecer esse sentimento
em si e nos outros. O amor é vital para nossas vidas, assim como o ar, e, é
notoriamente reconhecido que sem amor a criatura não sobrevive conquanto o amor
equilibra e traz a paz de espírito quando é necessário”. Amor, também define o nível ou grau de responsabilidade,
utilidade e prazer com que lidamos com as pessoas que conhecemos.
A
palavra amor presta-se
a múltiplos significados na língua
portuguesa; pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão,
querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular
de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém,
ou com alguma coisa que seja capaz de receber este comportamento amoroso e
enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção
e motivação. Alguns sentimentos que são frequentemente associados com o amor
interpessoal são: carinho, atração, altruísmo, reciprocidade, compromisso, amizade, parentesco, , intimidade
física, e, serviço. Destaques nas expressões de amor: EROS
-
é sinônimo sensualidade que leva a atracção
física e
depois às relações
sexuais. Eros é o amor
que deseja ter ou tomar posse. Ao contrário vem a Psique, que representa o sentimento
mais espiritual e profundo. PHILIA - em grego, significa
altruísmo, generosidade. A dedicação ao
outro vem sempre antes do próprio interesse.
STORGE - é o nome que se traduz por amizade; o que conta é a confiança
mútua e os valores compartilhados. PAIXÃO - é um forte sentimento
que se pode tomar, até mesmo, como uma patologia provinda do amor. Manifestada
a paixão em dada circunstância, o indivíduo tende a ser menos racional,
priorizando o instinto de possuir o objeto que lhe causou o desejo. Na ATRAÇÃO FÍSICA - reside os nossos instintos atrelados ao nosso
estado fisiológico como as necessidades sexuais, prazer e perpetuidade da
espécie. “Na Teoria
Triangular do Amor, os relacionamentos são caracterizados por três elementos : intimidade, paixão e compromisso. Cada um destes elementos e
suas combinações entre si podem estar presente em um relacionamento, produzindo
as seguintes definições: Amizade (intimidade); Limerence (paixão); Amor vazio (compromisso);
Amor romântico (intimidade + paixão); Companheirismo amoroso (intimidade
+ compromisso); Amor fugaz (paixão + compromisso); Amor
consumado (intimidade + paixão + compromisso).”
O AMOR
SEGUNDO OS FILOSOFOS. Na concepção de Platão o amor
liberta o ser humano e o leva à verdade. Para ele, o amor (Eros) significa a disposição para
elevar-se (superar as baixezas da vida material e da experiência sensível) rumo
às alturas do mundo ideal, situado além do mundo físico, em busca do que é
eterno, perfeito e imutável. O amor em Platão é falta. Ou seja, o amante busca
no amado a Ideia - verdade essencial - que não possui. Nisto supre a falta e se
torna pleno, de modo dialético, recíproco. Em contraposição ao conceito de Amor
na filosofia de Platão está o conceito de paixão. A paixão seria o desejo
voltado, exclusivamente, para o mundo das sombras, abandonando-se a busca da
realidade essencial. No pensamento de Santo Agostinho o
amor a Deus é o fundamento da ordem e da justiça. Só a partir do amor é possível
distinguir duas realidades antagônicas: a cidade de Deus e a cidade
exclusivamente terrena. Os habitantes da cidade de Deus amam o Senhor sobre
todas as coisas, ao passo que , ao contrário o amor egoísta constitui o
fundamento da cidade terrena. Na realidade, este tipo de amor coincide com o
desejo desordenado das coisas e dos prazeres do mundo. Neste sentido, a ordem
que é instituída através da prática do amor a Deus põe cada realidade no seu
lugar certo, e, a mesma coisa acontece, também, a respeito da justiça. Quando amamos, amamos a Deus, afirma Santo Tomás, ao considerar que toda a
realidade tende para Deus, tendo Nele a sua razão última de ser. Também, através
do amor, o ser humano realiza plenamente a sua aspiração natural que o impele a
querer assemelhar-se ao Criador, procurando se unir a ele e aos outros. No pensamente de Jacques Maritain, o amor divino e o amor humano se implicam e se
integram mutuamente.
À guisa de
conclusão: Deus dotou-nos de duas capacidades/ habilidades: capacidade de percepção para discernir,
ver e julgar; isto se chama de entendimento, e, capacidade de inclinação na direção do que vê ou avalia; tanto
pode ser de inclinação para aceitar quanto para rejeitar o que viu; esta
habilidade se chama inclinação. Quando determina e governa as ações, esta
inclinação se chama vontade; quando a mente entra no processo, a inclinação
costuma ser chamada de coração. Há duas formas de exercitar a inclinação: a
alma vê alguma coisa com aprovação, prazer e aceitação; ou, com oposição,
desagrado e rejeição. O amor está na base de todos os sentimentos
pertencentes à inclinação para a união. E, amar a Deus é tomar uma decisão fundamental – buscar o bem
supremo, Deus. Trata-se antes, da escolha de
um objetivo final, que nos dá a motivação suprema, ou propósito de vida, e, que
é a grande ação moral; todas as outras decorrem dela. Essa decisão possui
muitos atributos. Esses atributos do amor são as manifestações dele em nossos
diversos relacionamento e situações de vida.
P.S.
seleção de registros adaptados
Nenhum comentário:
Postar um comentário