domingo, 5 de maio de 2013

TUDO SE RESUME NO AMOR



O amor pode ser entendido de diferentes formas, mas  é por si só, o sentimento primário e inicial de todo e cada ser humano. Todos carecem de amor e querem reconhecer esse sentimento em si e nos outros. O amor é vital para nossas vidas, assim como o ar, e, é notoriamente reconhecido que sem amor a criatura não sobrevive conquanto o amor equilibra e traz a paz de espírito quando é necessário”. Amor, também define o nível ou grau de responsabilidade, utilidade e prazer com que lidamos com as pessoas que conhecemos. 
A palavra amor presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa; pode significar afeiçãocompaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com alguma coisa que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação. Alguns sentimentos que são frequentemente associados com o amor interpessoal são: carinho, atração,  altruísmo,  reciprocidade, compromisso,  amizade,  parentesco,  , intimidade física,  e, serviço. Destaques nas expressões de amor:  EROS - é sinônimo sensualidade que leva a atracção física e depois às relações sexuais. Eros é o amor que deseja ter ou tomar posse. Ao contrário vem a Psique, que representa o sentimento mais espiritual e profundo. PHILIA - em grego, significa altruísmo, generosidade.  A dedicação ao outro vem sempre antes do próprio interesse.  STORGE - é o nome que se traduz por amizade; o que conta é a confiança mútua e os valores compartilhados. PAIXÃO - é um forte sentimento que se pode tomar, até mesmo, como uma patologia provinda do amor. Manifestada a paixão em dada circunstância, o indivíduo tende a ser menos racional, priorizando o instinto de possuir o objeto que lhe causou o desejo. Na ATRAÇÃO FÍSICA - reside os nossos instintos atrelados ao nosso estado fisiológico como as necessidades sexuais, prazer e perpetuidade da espécie. “Na Teoria Triangular do Amor, os relacionamentos são caracterizados por três elementos : intimidadepaixão e compromisso. Cada um destes elementos e suas combinações entre si podem estar presente em um relacionamento, produzindo as seguintes definições: Amizade (intimidade); Limerence (paixão); Amor vazio (compromisso); Amor romântico (intimidade + paixão); Companheirismo amoroso (intimidade + compromisso); Amor fugaz (paixão + compromisso); Amor consumado (intimidade + paixão + compromisso).”
 O AMOR SEGUNDO OS FILOSOFOS. Na concepção de Platão o amor liberta o ser humano e o leva à verdade. Para ele, o amor (Eros) significa a disposição para elevar-se (superar as baixezas da vida material e da experiência sensível) rumo às alturas do mundo ideal, situado além do mundo físico, em busca do que é eterno, perfeito e imutável. O amor em Platão é falta. Ou seja, o amante busca no amado a Ideia - verdade essencial - que não possui. Nisto supre a falta e se torna pleno, de modo dialético, recíproco. Em contraposição ao conceito de Amor na filosofia de Platão está o conceito de paixão. A paixão seria o desejo voltado, exclusivamente, para o mundo das sombras, abandonando-se a busca da realidade essencial. No pensamento de Santo Agostinho o amor a Deus é o fundamento da ordem e da justiça. Só a partir do amor é possível distinguir duas realidades antagônicas: a cidade de Deus e a cidade exclusivamente terrena. Os habitantes da cidade de Deus amam o Senhor sobre todas as coisas, ao passo que , ao contrário o amor egoísta constitui o fundamento da cidade terrena. Na realidade, este tipo de amor coincide com o desejo desordenado das coisas e dos prazeres do mundo. Neste sentido, a ordem que é instituída através da prática do amor a Deus põe cada realidade no seu lugar certo, e, a mesma coisa acontece, também, a respeito da justiça. Quando amamos, amamos a Deus, afirma Santo Tomás, ao considerar que toda a realidade tende para Deus, tendo Nele a sua razão última de ser. Também, através do amor, o ser humano realiza plenamente a sua aspiração natural que o impele a querer assemelhar-se ao Criador, procurando se unir a ele e aos outros. No pensamente de Jacques Maritain, o amor divino e o amor humano se implicam e se integram mutuamente.
À guisa de conclusão: Deus dotou-nos de duas capacidades/ habilidades: capacidade de percepção para discernir, ver e julgar; isto se chama de entendimento, e, capacidade de inclinação na direção do que vê ou avalia; tanto pode ser de inclinação para aceitar quanto para rejeitar o que viu; esta habilidade se chama inclinação. Quando determina e governa as ações, esta inclinação se chama vontade; quando a mente entra no processo, a inclinação costuma ser chamada de coração. Há duas formas de exercitar a inclinação: a alma vê alguma coisa com aprovação, prazer e aceitação; ou, com oposição, desagrado e rejeição. O amor está na base de todos os sentimentos pertencentes à inclinação para a união. E, amar a Deus é tomar uma decisão fundamental – buscar o bem supremo, Deus. Trata-se antes, da escolha de um objetivo final, que nos dá a motivação suprema, ou propósito de vida, e, que é a grande ação moral; todas as outras decorrem dela. Essa decisão possui muitos atributos. Esses atributos do amor são as manifestações dele em nossos diversos relacionamento e situações de vida.
P.S. seleção de registros adaptados

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