PALAVRAS DE STEVE JOBS, ao se aproximar do fim (24/02/1955 – 05/10/2011) - “Eu alcancei o auge do sucesso no negócio. Aos olhos dos outros, minha
vida tem sido o símbolo de sucesso. No entanto, além do trabalho, tenho pouca
alegria. Finalmente, a minha riqueza é simplesmente um fato a que estou
acostumado. Agora eu estou na cama do hospital, lembrando toda a minha vida, e percebo
que todos os elogios e a riqueza da qual estava tão orgulhoso, é insignificante
para a iminência da minha morte. No escuro, quando eu vir a luz verde e ouvir o
som do equipamento de respiração artificial, eu posso sentir o sopro da morte que
se aproxima. Só agora eu entendo, uma vez que você acumulamos dinheiro
suficiente para o resto de nossas vidas, devemos perseguir outros objetivos que
não estão relacionadas com dinheiro. Tem que ser algo mais importante: por
exemplo, histórias de amor, arte, sonhos de infância ... O não parar de
perseguir a riqueza só pode fazer uma pessoa como eu. Deus fez um caminho para
que possamos sentir o amor em seu coração, e, não ilusões construídas para a
fama ou dinheiro como eu fiz na minha vida e as coisas que não posso levar
comigo. Eu posso ter lembranças de amor, que me fortaleceram. Esta é a
verdadeira riqueza que irá acompanhá-lo, dará força e luz para seguir em
frente. O amor pode viajar milhares de quilômetros e assim a vida não tem
limites. Vá para onde você quer ir. Esforce-se para alcançar seus
objetivos. Tudo está em seu coração e em suas mãos. Qual é a cama mais
caro do mundo? a cama de hospital. Se você tem dinheiro, você pode pagar
alguém para conduzir o seu carro, mas você não pode pagar alguém para sentir
sua doença. As coisas materiais perdidas podem ser encontradas. Só há algo
que não pode ser encontrado quando se perdeu: a vida.”
ULTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE O GRANDE (20/07/356 – 10/06/323 AC) -: “Quando à beira da morte, Alexandre
convoca seus generais e seu escriba e relata a estes seus três últimos desejos:
que seu caixão seja transportado pelas
mãos dos mais reputados médicos da época; que seja espalhado no caminho até seu
túmulo, seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas…); que suas
duas mãos sejam deixadas balançando no ar, fora do caixão, a vista de todos. Um
dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, pergunta a Alexandre a
razão destes. Alexandre explica então: quero que os mais iminentes médicos
carreguem meu caixão, para mostrar aos presentes que estes NÃO têm poder de
cura nenhuma perante a morte; quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros
para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui
permanecem; quero que minhas mãos balancem ao vento, para que as pessoas possam
ver que de mãos vazias viemos, de mãos vazias partimos.”
QUANDO ESTAMOS DE FRENTE PARA A MORTE, nada mais tem importância. Alguém já observou que, “quando os passageiros dos vôos da tragédia de 11 de setembro de 2001 em
Nova York foram feitos reféns pelos terroristas, eles não usaram telefone
celular para ver como os negócios estavam indo; apenas disseram “eu te amo”
aos seus entes queridos”.
Estas expressões de desalento, que são como que um
desabafo, daqueles que já foram considerados símbolos de sucesso e poder, bem
como dos passageiros anônimos do vôo da morte, estão em sintonia com o autor de
Eclesiastes citado no final.
ATÉ
ENTÃO, pode-se imaginar, que caminhavam
sem maiores preocupações com a finitude desta vida, ao ensejo em que
fortaleciam naturalmente suas respectivas identidades. Por identidade,
entende-se o “traço característico de
cada ser, que distingue um individuo de outro; o homem constitui e modela sua
identidade ao tomar contato com o mundo e com a cultura humana”. Alguns
destaques na sua conformação:
Diferentemente dos demais animais, nascemos
totalmente dependentes - normalmente dos pais - para sobreviver; logo
passamos à dependência parcial, mas já buscando alcançar a independência, e,
com ela, se possível a autosuficiência.
Também na infância somos o foco das atenções, e,
parece que tudo é feito em prol de nós mesmos, com a motivação de nos agradar.
Na idade adulta lutamos para alcançar e permanecer no centro das atenções.
Finalmente, na velhice, nos resignamos em circular na periferia do centro de
atenções.
Desenvolvemos crescentemente o amor próprio,
juntamente com amor a alguns poucos mais próximos, com destaque para a família
e amigos, e, simultaneamente o apego material às posses conquistadas. Mais
recentemente, este amor próprio é conscientemente inflado com reforços buscados
na farmacopeia da autoajuda - autoestima, autoconfiança, autosegurança, auto-expressão. “É
fundamental ter autoconfiança e auto-estima. No entanto, há um ponto em que
esses traços de personalidade deixam de ser virtudes. É quando uma pessoa se
sente mais importante do que as outras ou acima de quaisquer críticas. É aquela
que sabe tudo e sente uma constante necessidade de se vangloriar. Em resumo, é
o ponto em que as pessoas deixam de ser humildes” (Stephen Covey).
Do egoísmo à soberba.
O egoísmo é como um “buraco negro”
que tudo absorve, e, nada deixa escapar. Soberba é
uma manifestação negativa de orgulho, jactância, presunção, na pretensão
de superioridade sobre as outras pessoas. É a arrogância, a altivez, a
autoconfiança exagerada. Soberbo é aquele indivíduo considerado orgulhoso,
altivo, que está dominado pela arrogância. É considerado um dos sete pecados capitais,
e contra ela se prega a virtude da humildade, da modéstia; está entre as coisas
que Deus mais odeia no homem (coisas que o Senhor
odeia... Olhos altivos.,. - Provérbios 6:16-19.) Juntamente com a soberba, “atualmente, nota-se com maior clareza a tendência de ser exaltada
uma certa agressividade, uma determinada confiança própria, justificando-se o
uso que um indivíduo esteja fazendo de si mesmo e de sua personalidade,
procurando colocar-se em posição de evidencia, ou, procurando impor-se.” (Lloyd-Jones)
Nossa identidade é ainda impactada pelo
desenvolvimento da tecnologia moderna. “Estamos
pagando um altíssimo preço para vencer no mundo egoísta e impessoal da ciência
e da tecnologia... Nossa identidade profissional muitas vezes tem mais
importância que nossas amizades. A carreira tende a ter prioridade sobre o
caráter. A vida em família paga caro quando uma sociedade inteira acredita que
a vida profissional reina suprema, e ambos, marido e mulher, pensam que
precisam estar no mercado de trabalho para que a vida tenha mais sentido.” (James
Houston)
LEMBRA-TE
PORÉM! “Memento homo quia
pulvis est et in pulvere revertere” (lembra-te
que és pó e ao pó voltarás). “Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de
ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço,
E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu. Vaidade
de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.” (Eclesiastes 12:6-8). “Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; ... também
tive grandes possessões ..., mais do que todos os que houve antes de mim em
Jerusalém. Amontoei também para mim prata e ouro, e tesouros dos reis e das
províncias;... E fui engrandecido, e aumentei mais do que todos os que houve
antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. E tudo
quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o meu coração de
alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta
foi a minha porção de todo o meu trabalho. E olhei eu para todas as obras que
fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha
feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum
havia debaixo do sol. (Eclesiastes 2:4-11)
O
CAMINHO MAIS EXCELENTE DA HUMILDADE: “SENHOR, o meu coração não se elevou nem os meus olhos se
levantaram; não me exercito em grandes matérias, nem em coisas muito elevadas
para mim. Certamente que me tenho portado e sossegado como uma criança
desmamada de sua mãe; a minha alma está como uma criança desmamada.” (Salmos 131:1,2). Com o reconhecimento do CRIADOR: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; Bem-aventurados os
mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de
justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque
eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles
verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados
filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça,
porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos
injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha
causa. Mateus 5:3-11
P.S. posts
afins: “Ensina-me a contar os dias” em 19.04.2015; “Remindo nosso tempo”, em
20.12.2012
Lindo maninho e palavras cheias de sabedoria Deus ti abençoe e conserve sempre um instrumento abençoador
ResponderExcluirMuito bom o artigo. Bastante útil para a reflexão quanto ao bom proveito da vida. Os textos citados bem revelam o conflito natural da vida e a constatação de que a vida separada de Deus inevitavelmente resultará em cansaço e desapontamento. O contexto do referido capítulo de Eclesiastes é a instrução para os jovens quanto ao que farão nesta vida e a conclusão está no versículo 13 – “Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem”. O Salmo 103 destaca a experiência dos que guardam esta instrução: “Bendiga o Senhor a minha alma! Bendiga o Senhor todo o meu ser! Bendiga o Senhor a minha alma! Não esqueça nenhuma de suas bênçãos! É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças, que resgata a sua vida da sepultura e o coroa de bondade e compaixão, que enche de bens a sua existência, de modo que a sua juventude se renova como a águia”.
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